quinta-feira, 10 de março de 2011

"A vida contrariando a lei das probabilidades" - 14/10/2010

O Reality Show ”Big Brother” é famoso por expor a real vida de pessoas normais para toda sociedade. Quem assiste de fora, impressiona-se com as festas, com os romances, com a saudade que eles ficam da família, e principalmente, com a capacidade de aguentar o tempo necessário para ganhar a competição. São mais de dois meses, trancafiados com mais uma dúzia de pessoas, repletos de simultâneas felicidade e agonia. Não é tarefa fácil.
                Falo isso, por que quero comparar esse programa de TV com o desmoronamento da mina San José no Chile, deixando 33 mineiros presos a quase 700 metros abaixo do chão. Quais eram as chances dos mineiros serem encontrados e salvos depois de um acontecimento desses? Beirando a zero. Pense você mesmo, eles ficaram 17 dias presos sem comunicação nem ajuda de fora, com poucos suplementos, sem poder ver a luz do dia.  Nesse tempo, uma sonda fez a busca por eles.
                Depois de achá-los, começam a mandar comida, água e até uma câmera para poderem gravar o dia-a-dia lá dentro. Tudo passando por um estreito buraco, que mal passava uma garrafa de 600 ml. Acreditava-se que só no Natal, seria possível resgatar os mineiros com vida e com segurança, mas o destino reservou algo muito melhor. Em exatamente 69 dias, pode-se trazer todos os trabalhadores, e hoje, já poderem contemplar os raios de sol que não viam á tanto tempo.  
                Sabendo das mínimas possibilidades para o salvamento, que esperança um homem teria no momento em que se vê preso dentro de uma mina? Toda. Por incrível que pareça, o ditado que “A esperança é a última que morre” valeu nessa situação. Quando o vencedor sai do Big Brother, ele ganha uma baita grana. Já por sua vez, os mineiros ganharam um prêmio muito maior, puderam abraçar novamente seus familiares.


Por Lourenço Grill

O que os mineiros viam quando eram içados:

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